
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Atenção!!! Fim da versão 7.0 do AVG

quinta-feira, 29 de maio de 2008
Bruno e o Kebbab

quarta-feira, 28 de maio de 2008
Dos Gauleses e dos resfriados

A história, porque trata-se de história mesmo, não foi nem light nem divertida. Passou-se, conforme o vencedor, assim: expulsos os germanos para além do Reno, a Gália aparentemente calma e chegado o inverno, parte César para a Itália. Tropas aquarteladas – não era hábito combater durante o inverno – sentem-se alguns povos seguros para tentar nova rebelião. Levantam-se os Carnutes e seu exemplo estimula a ambição idealista ou o idealismo ambicioso de um jovem arverno, de nobre família, chamado Vercingetórix. Tinha servido no exército sob Roma enquanto seu pai gozava do apoio dela como líder dos arvernos. Com discurso inflamado atrai a si, rapidamente, aliados para uma guerra de libertação. Não gostam disso o seu tio paterno Gobanicião e os maiorais de Gergóvia, a sua cidade. Teve sorte, só o expulsaram. Seu pai, Celtilo, que antes dele tentou ser rei dos arvernos tinha sido morto pelo seu próprio povo enquanto César, apesar de te-lo conduzido a liderança, nada fez por julgar ser problema interno deles. Unindo o seu carisma ao descontentamento com a submissão a Roma, Vercingetórix recolhe em seu deslocamento todo tipo de aliados. Seus métodos de recrutamento são bastante efetivos: aos que percebe em duvida quanto a validade de sua causa aplica-lhes a tortura. Diante da sua eventual ineficácia, não tinha problemas em queima-los e não poucos hesitantes são castigados e mandados de volta a sua gente com um olho vazado ou sem as orelhas para servirem de exemplo. Por segurança, dele claro, mesmo os seus aliados deviam enviar-lhe reféns além de tropas. A essa altura já foi, prudentemente, aclamado rei pelos seus. E reúne a maior aliança gaulesa já enfrentada por Roma.
O que ele não contava era com o rápido retorno de César, diante das notícias, vindo ainda a caminho novas legiões recrutadas com o benefício do serviço militar obrigatório recentemente instituído pelo Senado Romano. Com César no comando, não se negam as legiões a combater no inverno por amor ao general e confiança na vitória.
Procurando uma guerra de desgaste, Vercingetórix evita o confronto final deixando atrás de si incêndios de vilas, cidades e casas rurais para que nada aproveite o inimigo. Mesmo o trigo, quando esgotada a possibilidade de transporte, era queimado ou atirado as águas. Perseguido pelos Romanos dirige-se para Alésia, cidade dos Mandúbios, seus aliados e lá se prepara para a resistência até a chegada de reforços. Mesmo perdidos 3000 guerreiro da retaguarda durante o caminho, logo fica evidente não ter a cidade abastecimentos para mais de 30 dias. Passando o tempo em escaramuças, a espera de socorro, começam a faltar viveres. Convocado um conselho. Ali, o arverno Critognato propõe que faltando comida, alimentem-se dos corpos “dos que pela idade pareciam inúteis para a guerra”. A nem todos, embora haja quem concorde, agrada a alternativa de canibalismo sobre velhos, feridos, mulheres e crianças. A chegada dos reforços evita que essa solução seja aplicada e conduz ao confronto final. Presentes a ela, em ambos os lados, mesmo os que faziam parte da chamada Gália Togada, isto é, aqueles que teoricamente tinham relações amistosas com Roma. Desbaratadas a tropas gaulesas termina a batalha com a vitória romana. No dia seguinte rende-se a praça de Alésia e Vercingetórix deposita as armas conforme o costume aos pés de César. Era o ano de 52 a.C.. Não faltaram, ao longo dessa guerra, heroísmo e feitos militares de ambas as partes. As batalhas menores e escaramuças que antecederam Alésia mostram o empenho que animava ambos os lados. Isto reconhece o próprio Julio César em “De Bello Gallico”, a sua narrativa da guerra.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Lucidez definitiva
terça-feira, 20 de maio de 2008
segunda-feira, 19 de maio de 2008
sexta-feira, 16 de maio de 2008
terça-feira, 13 de maio de 2008
segunda-feira, 12 de maio de 2008
TIM outra vez!

Eu deveria ter lembrado:”Consulte sempre um advogado”. Ou melhor, uma advogada bem humorada. Reproduzo aqui a leitura de síntese lúcida das minhas agruras em telefonia móvel sob a forma de explicitação dos aspectos crípticos dos slogans da TIM:
.
"Ao abrir o site da TIM , você depara com três frases, me desculpe, mas... a TIM está dentro do conceito que vende, explico:1) "TIM - Viver sem fronteira" - pretende-se que o assinante saia andando até conseguir que uma antena pegue, então conseguirá falar.2)"Descubra aonde você vai chegar" - passando a fronteira você a cada dia terá que andar um pouco mais para conseguir falar; e 3)"Viva além da tecnologia" - bem além; vá andando que quem sabe você consiga encontrar uma telefonia com tecnologia. Você acertou na mosca sobre o conceito. "
.
Soube ontem, através de uma funcionária que desde novembro de 2007 eles teriam sido avisados pela empresa sobre a possibilidade de venda da TIM. Esta funcionária faz apoio de vendas em um grande magazine. Ela contou também que os optantes por placas-modem internas do serviço TimWeb estão em desespero.
.
De outra fonte: a introdução de um programa de combate a fraude que deveria checar a recepção de documentos de novos assinantes – até aí, louvável – mas que parece estar sendo usado para dificultar a remuneração devida pela TIM aos seus franqueados, a chamada ADM. Documentos são dados como não recebidos mesmo que regularmente enviados. Com isso, lojas franqueadas estão entrando no vermelho. Mesmo as de redes. É esperar para ver para onde vai. Será que caminhamos para uma polarização entre grupos privados? Será um monopólio privado? Protege-nos São Sergio Motta!
.
Entretanto, eu continuo visualizando a tela acima.
sábado, 10 de maio de 2008
Hiroxima inédita

O site do jornal LE MONDE está mostrando dez fotos inéditas do primeiro bombardeamento atômico da história, Hiroshima – 6 de agosto de 1945. A divulgação ao longo do tempo de fotografias mostrando apenas a destruição física da cidade foi o resultado da censura militar nipo-americana. As fotos do Le Monde mostram os mortos. Para os censores, duas motivações: ocultar a extensão do massacre injustificado pelo lado americano (destinado a impressionar Stalin em Postdam) e minimizar o efeito da derrota do lado japonês. Esta ultima atitude viria a alimentar o surgimento de organizações terroristas como a Shindo Remmei no Brasil,que tanto dano causou a pacífica colônia aqui instalada.
Vejam as fotos em:
http://www.lemonde.fr/web/portfolio/0,12-0@2-3216,31-1042879,0.html
Vejam o texto de Claire Guillot em:
Hiroshima e Nagasaki foram martirizadas. As bombas ainda estão aí. E cada vez em mãos mais irresponsáveis.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
TIM de novo!
terça-feira, 6 de maio de 2008
TIM, de novo!
TIM


segunda-feira, 5 de maio de 2008
domingo, 4 de maio de 2008
Porto Alegre e o futuro
Seu nome é Arno K. Steiger.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
quinta-feira, 1 de maio de 2008
E-mail novo...

Ter amigos estranhos pode ser muito gratificante. Não se trata de colecionar histórias, mas de reconhecer, documentalmente, a consistência de weltanschauung individuais. Isto é útil para quem percebe como a política zippa intervalos históricos. Não faz muito, a weltanschauung era coletiva, emanava do füher e permeava ativamente o Volk. Resultado: "KL"s a granel. A internet tornou isso improvável, improbabilidade limitada aos que a acessam de modo sadio. Filho dileto do cybertempo, o e-mail encarna, em seu dualismo quase bíblico, tanto o anjo da anunciação quanto as pragas do Egito. Mas é da sua protogenese, o endereço eletrônico, que tratava o relato desse amigo. Conhecido no seu meio pela difícil relação com os computadores, um fornecedor da área chegou a passar o seu telefone para uma revista especializada que tentou entrevista-lo "como exemplo de inadaptação tecnológica" o que teve como conseqüência uma distribuição ramdomizada de epítetos contemplando o perfil moral materno desde a fonte até a jornalista especializada, ainda assim conseguiu sobreviver ao longo caminho do 386 até o celeron. Não que sobrevivência signifique qualidade de vida, mesmo virtual. É verdade, contou, que quando soube que o Netscape não seria mais atualizado, sentiu vontade de chorar pela morte de um velho amigo. Lá por 2006 começaram a aparecer na sua caixa postal mensagens que ostentavam a terminação do endereço como "gmail.com". Fosse porque era época de paradas de orgulho gay entupindo a uol, fosse pela sua fidelidade ao AltaVista, com passagens capengas pelo Yahoo, WebCrawler e Lycos, o nome Google era-lhe tão desconhecido quanto o do chefe do posto fiscal de Jaboatão. A sensação era de gente demais "saindo do armário" e adotando endereços eletrônicos em um serviço gls. Neste ponto da narrativa, um sorriso constrangido acompanhou a revelação de que,nem por um segundo passou-lhe pela cabeça digitar no seu fiel Altavista um www com a terminação. Foi somente a sua crença em ser a opção sexual do indivíduo uma escolha pessoal e intransferível que o fez colocar a questão de lado. Mais algum tempo passou antes que ligasse uma amiga fascinada com a eficácia de um mecanismo de busca chamado Google e segundo ela, o anjo-da-guarda dos restauradores. Decidido a compara-lo com o seguro e familiar AltaVista, encontra, ao acessa-lo a oferta de ter um e-mail "gmail.com" com todos os benefícios da Nova e-Era . Conforme a sua narrativa, só o indivíduo que descobriu que a roda podia girar em torno de um eixo sentiu alívio igual ao seu. Rindo comigo da, até ali, angustiante confissão, pegou seu guarda-chuva e se foi. Sabedor de sua formação existencialista, perguntei-me o quanto havia na história do juiz-penitente de Camus. Feliz e-mail novo!