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Perdoem a derivação. O objetivo desta postagem é esclarecer a origem dos corais segundo Publio Ovídio Naso, nascido em 43 a.C. na região dos Abruzos, Itália e morto em 17 d.C. em Tomis, hoje parte da Romênia, amargando um exílio provocado pela publicação de seu livro “A Arte de Amar” que 2000 anos depois ainda merece leitura e reflexão. Mas é nas “Metamorfoses” que encontraremos esse fato.
A coisa, latim a parte, passou-se desta resumida forma: Perseu, após cortar a cabeça de Medusa decide partir e fixa em seus calcanhares um par de asas mágicas. Ao aproximar-se pelo lado do mar dos campos de Cefeu avista, atada a um rochedo uma belíssima figura de mulher. É Andrômeda. Toma-a inicialmente por uma estátua mas o vento movendo os seus cabelos e lágrimas em seu rosto fazem com que o herói apaixone-se instantaneamente por ela chegando quase a despenhar por esquecer-se de bater as asas mágicas – é Ovídio quem o diz. Decidido a libertá-la, envolve-se em luta com o monstro que a guarda por ordem de Amon. Ele vence, naturalmente, e desce com ela na praia. Para purificar-se do sangue do monstro abatido, precisa apoiar na areia a cabeça de Medusa que traz sempre consigo. Imaginem os problemas de um currículo documentado de herói mítico. Para protegê-la, coloca-a sobre folhas e varas que crescem sob as ondas e estas, ao contato com a cabeça de Medusa endurecem imediatamente. As Ninfas do mar, espectadoras inevitáveis de fatos heróicos, interessam-se por isso e colocam as ramagens petrificadas em contato com outras plantas, obtendo o mesmo efeito. Usam-nas então para semear o oceano e com isso dão origem aos corais em toda a sua diversidade.
Muito mais há nas “Metamorfoses”. É belíssima a narrativa, já no Livro I, da criação do mundo. A leitura de Ovídio areja a alma com os ventos de Eolo.