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Um dos maiores impactos da minha adolescência veio de “Highway 61 Revisited”. Acho que muitos outros do meu tempo sentiram isso. Ali estava “Like a Rolling Stone” e era um complemento necessário a nossa prévia descoberta de Lindolf Bell e a Catequese Poética. Hoje creio que, para alguns, essa é a fase da síntese absoluta. Em nenhum outro momento estaremos tão aptos e ávidos para incorporar a vida como ela é baseados somente na escolha instintiva do que nos serve ou não. No meu caso, a natureza desse impacto foi, antes do texto, a sonoridade. Só depois vim a saber da força de um Hammond B-3. Mas a sua presença ali mostrava que havia mais do que Bill Halley e seus Cometas Alienados. Um comentário sobre o uso do órgão no arranjo provocou o resto: “vc já ouviu Jimmy Smith?” (intervalo religioso:
“-Senhor Deus do Universo, se esta é uma terra de penitência, a minha geração já a cumpriu integralmente por viver também num tempo sem Internet!” fim do intervalo). Achar discos naquele tempo, 40 anos atrás, não era só questão de dinheiro... era também de geografia e convencimento familiar. Mas a teimosia sadia sempre vence, algumas vezes em forma de bolachas de vinil. Foi assim que cheguei a descoberta do Sr. James Oscar Smith. Jimmy se foi em 2005 aos 79 anos.
Alguém tem dúvida quanto ao destino?