![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVi4VmYhPOB4W7W1bZPl000A1Tro-IaDBg2rNdkst5n2XsV11FQVAIj2l5zkXnYEDTcqx8MWOAyG9QWvfMPNH7ETDwY4irdYz-XuppaE5p-shubJq-A5UbfhhNymNk21KEBfRgQaPegUc/s400/UruMultW.jpg)
A ultima fase da viagem foi sob chuva até a parada do ônibus em Rancho Queimado. De lá até Urubici foi diminuindo, deixando o asfalto e a vegetação molhados sob a uniformidade cinzenta do céu. Dia seguinte de sol pleno. Percorrer Urubici no arco solar pode ser uma experiência fascinante sob a ótica da luz. As montanhas mostram a sua aura quase como se, na sua condição de grandes iniciadas nos mistérios da natureza, desejassem lembrar aos humanos que mesmo quando o sol caminha para o Oeste ainda a luz brilha no Leste. Desta vez tive a sorte de conhecer mais a gente de lá. E sou grato por isso. Creio que esta viagem, na sua totalidade, foi uma viagem ao meu eu interior. Para ser honesto talvez deva contar que subindo a serra, tendo no banco ao lado apenas a mochila com a tralha eletronica e papel consegui finalmente chorar silenciosamente o que deveria ter feito há quase oito meses atrás. Talvez a montanha seja o único lugar onde o humano atinge a sua coerência dimensional. Abençoado seja "São" Kerouac.