
O furor proibicionista da Prefeitura de São Paulo parece ter suas raízes na conduta do próprio apóstolo homônimo. Como ele, o governo municipal transforma em dogmas e leis marcadas por punições leviticas (ou draconianas) as neuroses do governante de turno. Teve mais sorte o apostolo que criou o corpo doutrinário do cristianismo porque sua obra nos permite supor a existência de uma máquina-do-tempo operada secretamente pelo lobby dos analistas freudianos. Só que não basta o protofascismo apostólico em tempos de Web. É preciso algum senso de ridículo para garantir, mesmo superficialmente, a plausibilidade das proibições.