domingo, 30 de novembro de 2008

O pingüim e a bicicleta

Se há uma coisa que devemos agradecer aos computadores é a possibilidade de ver o improvável. Não digo impossível neste caso porque minha relação com bicicletas é puramente iconográfica e com os pingüins, este foi o primeiro que me permitiu coçar-lhe a cabeça. Eu os encontrei ontem em momentos sucessivos mas em situações não relacionadas. Fotografados, copiados para o hd, a foto da bicicleta passou-me uma profunda sensação de solidão. Lembrem-se de Cortázar (Vietatto introdurre biciclette). A exclusão delas é algo que somente elas podem suportar com seu estoicismo.que as vezes penso ser fanático. O pingüim caminhava pela praia com seu hospedeiro, o pescador Alexandre, enquanto espera o resgate da Policia Ambiental. O link, uma chuva fina que molhava todos nós. Pensei num dialogo improvável entre os dois deslocados. O pingüim por uma fatalidade, a bicicleta por condenação eterna. E aí está. E estar aí na foto é meio caminho para a probabilidade e a possibilidade. Um lampejo faz com que eu tenha medo de publica-la: a visão de um pregador antitabagista com ela projetada num telão urrando do púlpito –“e é mais fácil um pigüim conversar com uma bicicleta do que um fumante entrar no Reino do Céu!”. Engasgo com a fumaça e digito furiosamente: “esta foto tem Copyrigth, porra!”

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Coisas da chuva

pergunto-me se esta postagem não é uma forma de tentar desculpar a natureza pelo que ela anda fazendo por aqui. (desde uma conexão emprestada)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008