Sou pizzofilo, pizzologo e pizzofago, confesso. Devo isso ao meu saudoso tio Luiggin, o irmão mais velho do meu pai que deixou saudade da sua pizzaria no interior de São Paulo nos corações e bocas de pelo menos duas gerações. Talvez porisso seja meu karma nesta vida depender psiquica e periodicamente de uma boa pizza a que devoto pela sua condição visual o mesmo respeito religioso atribuido por outros às mandalas.
Eis o triste relato de uma experiencia havida há menos de uma semana:
Eis o triste relato de uma experiencia havida há menos de uma semana:
Quando um local fechado reabre ostentando uma faixa "sob nova direção" a expectativa, numa cidade pequena como Gravatal, é de que algo melhor venha daí. Expectativa abortada. Por ter sido um dos primeiros clientes na semana mesma em que a casa abriu, encontrei da parte do novo dono (que não tem nenhuma tradição gastronômica) uma vontade de acertar no empreendimento. Como ele não havia passado pela experiência de comer no local sob a "velha direção" informei-o de algumas coisas que, provavelmente, teriam a sua quota de responsabilidade no fechamento que o antecedeu como, sinteticamente pode-se explicar que massa de pizza não é papel, não se atira sobre ela impunemente o que nos vem a cabeça, principalmente quilos de milho enlatado. Ele mostrou-se simpático e disse textualmente estar aberto a comentários sobre o seu trabalho: "se forem positivos, para divulgar a casa; se forem negativos, para que eles pudessem melhorar". A primeira pizza foi aceitável e feita com otimismo de principiante. Ainda não havia folders nem nota fiscal.
Duas semanas depois volto para pegar outra e ... mudou tudo. A mussarela, em fatias transparentes, recobria a massa sem deixar entrever mais que um borrão de molho de tomate. A "calabresa" que dava nome a 50% da pizza era um embutido que parecia saído de uma extrusora de alta pressão, com sua massa compactada e indefinível ou melhor, indigerível. O "presunto" merecia o nome na acepção humorística do termo. O resto está aí na foto.
Não posso negar a leitura "binária" proposta para os tomates e azeitonas como novidade. Mas agora eles tem um folder. E um "Rodisio"???
Fica como registro.
Duas semanas depois volto para pegar outra e ... mudou tudo. A mussarela, em fatias transparentes, recobria a massa sem deixar entrever mais que um borrão de molho de tomate. A "calabresa" que dava nome a 50% da pizza era um embutido que parecia saído de uma extrusora de alta pressão, com sua massa compactada e indefinível ou melhor, indigerível. O "presunto" merecia o nome na acepção humorística do termo. O resto está aí na foto.
Não posso negar a leitura "binária" proposta para os tomates e azeitonas como novidade. Mas agora eles tem um folder. E um "Rodisio"???
Fica como registro.
