domingo, 20 de julho de 2008

Ooooommmmm...

Divulgação/Paramount Pictures

O protesto de hinduístas contra o filme O Guru do Amor (The Love Guru) de Mike Myers parece mais um confronto por reserva de mercado do que um justo reclamo religioso. Há tempo que este blog vem fazendo observações sobre a exportação de misticismo (exatamente sob a forma de “auto-ajuda”) pelos gurus indianos (com assessoria de marketing, agencias de viagem, etc.). Um amigo que resolveu acompanhar a namorada numa dessas viagens “místicas” produziu um ótimo texto, infelizmente não disponível na rede e nem de divulgação autorizada (fomos poucos a receber a cópia) talvez para evitar turbulência doméstica. Uma de suas oportunas e contundentes observações diz respeito ao impacto sobre a percepção auditiva das eructações e flatulências de milhares de discípulos de um desses próceres reunidos durante a sessão diária de meditação. Eu mesmo ouvi uma “gurua” brasileira que havia ido a Índia com um grupo de discípulas(dela) para conhecerem o mestre dela, (que ela iria ver pela primeira vez) dizer a um jovem e bem intencionado terapeuta que igualmente havia ido lá para estudar técnicas ayurvédica:”- você precisa abrir logo a sua clínica antes que as pessoas esqueçam que você foi a Índia.” Se pensarmos que o mínimo custo para obter essa “iluminação” está pelos US$ 12.000,00 fica mais barato ser untado, digo, ungido pelo pessoal do Edir. É que “o charme não tem preço!” dirão tanto os otár...digo, os ingênuos quanto os safa... digo iluminados.

Bravo, Mr Myers! Que a sua comédia os enfureça tanto ao ponto de eles fazerem algo semelhante sobre os “gurus” norte-americanos similarmente pentelhos.

O filme tem a participação de Deepak Chopra. Precisa dizer mais?

Paz e Lucidez a todos.