quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Urban&cidade - pátria revisitada


 Confesso-me urbanóide. Tão urbanóide que extraio prazer visual de luzes de freio em dia de chuva. Mais ainda num contexto anacrônico de rede elétrica aérea. 
 E nas molduras formadas por arvores teimosas que disputam a verticalidade com postes tortos, totens esquecidos de uma modernidade finda com a primeira e verdadeira morte de Marinetti em 1920.
É do caos urbano que surge a dimensão da vida com a sua permanente necessidade de superação. Cadinho para fusão pensamento/praxis. A cidade, como o Deus antropomórfico, precisa do reconhecimento humano para existir. Sou urbanóide, sobretudo porque a cidade não odeia livros.